Abertura dos Mercados – Futuros e Commodities: S&P-500: 2.032,25 -3,49% — Bovespa: 50.475 -4,62% — Petróleo WTI: 48,85 -1,05% — USD/BRL: 3.437,50 +2,75%

“O Reino Unido deve continuar um membro da União Europeia ou deve sair da União Europeia?” Essa foi a pergunta que os votantes do referendo ontem (Brexit) tinham que responder. O dia é histórico nos mercados financeiros globais e, para a surpresa dos investidores que até ontem estavam otimistas com as últimas sondagens apontando vantagem da permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), o referendo que ocorreu durante a quinta-feira e teve a apuração na madrugada desta sexta-feira decidiu pela saída do Reino na UE com 52% dos votos para deixar e 48% pela permanência. A decisão afeta as bolsas de valores por todo o mundo e a moeda britânica Libra, que sofre a maior queda desde 1992, é negociada nas mínimas históricas a US$ 1,37. Na Ásia, o índice japonês Nikkei fechou em queda de 7,92% e na Europa quedas generalizadas nas bolsas locais: DAX perde 7,01%, FTSE de Londres perde 4,18%, CAC francês cai 8,60%, o índice espanhol IBEX opera com quedas elevadas de 12,63% e os bancos da região sofrem perdas expressivas de até 25%. De acordo com a autoridade eleitoral britânica, foram apurados 17,4 milhões de votos favoráveis à saída e 16,1 milhões a favor da permanência e participaram do referendo os habitantes da Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte. O Reino Unido vai continuar integrante da UE até as negociações para a sua saída do bloco estarem concluídas, o que provavelmente vai durar ao menos dois anos, disseram os líderes da região. O primeiro-ministro David Cameron renunciou ao cargo e ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar adiante a decisão do referendo. Nos Estados Unidos o índice futuro S&P aponta para uma abertura em queda de 3,49% e no cenário local a volatilidade deverá seguir os mercados globais, temos o índice futuro da Bovespa apontando para uma abertura em queda de 4,62%. O noticiário local deverá ficar em segundo plano no pregão de hoje e o destaque na agenda local será a divulgação de dados de emprego (CAGED) pelo Ministério do Trabalho.

Economia

  • Brasil: A Fipe divulgou que a inflação medida pelo IPC registrou alta de 0,42% na 3° quadrissemana do mês de Junho, puxada pela alta dos preços na habitação e alimentação.

Agenda

  • 11h00 – Estados Unidos: A universidade de Michigan divulga a leitura final do Índice de Confiança do Consumidor do mês de Junho
  • 16h00 – Brasil: O Ministério do Trabalho divulga o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de Maio.

Empresas e Setores

  • Blackberry: A companhia reportou prejuízo de US$ 670 milhões no trimestre fiscal encerrado em 31 de Maio, revertendo lucro líquido de US$ 68 milhões obtido em igual período do ano anterior.
  • Bradesco (BBDC4): O banco informou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio no valor total de R$ 1,002 bilhões.
  • Comgás (CGAS5): A companhia informou que a JGP Gestão de Recursos e Patrimonial atingiu fatia de 5,68% do total de ações preferenciais da companhia.
  • Setor Elétrico: Segundo noticiário o presidente interino Michel Temer editou a Medida Provisória 735, que facilita a transferência do controle de ativos e as privatizações de empresas do setor elétrico.
  • Gerdau (GGBR4): A companhia informou que concluiu a venda de sua produtora de aços especiais na Espanha, finalizando sua produção de aço na Europa.
  • Guararapes (GUAR3): O Conselho de Administração da companhia aprovou o pagamento de Juros Sobre Capital Próprio aos seus acionistas na proporção de R$ 0,5097 por ação preferencial e R$ 0,4634 por ação ordinária.
  • MRV (MRVE3): A companhia informou que o Conselho de Administração de sua subsidiária Log Commercial Properties aprovou a emissão de R$ 100 milhões em notas comerciais promissórias.
  • Oi (OIBR3): Segundo noticiário o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro emitiu parecer favorável à recuperação judicial da companhia.
  • Petrobras (PETR4): Segundo noticiário o fundo de pensão da companhia, Petros, registrou em 2015 déficit acumulado de R$ 23,1 bilhões.
  • Tecnisa (TCSA3) e Cyrela (CYRE3): As companhias divulgaram que seus Conselhos de Administração aprovaram a celebração de um acordo de subscrição de ações para elevar o capital social da Tecnisa em até R$ 200 milhões, com participação da Cyrela em 50% do montante.
  • Volkswagen: Segundo noticiário a companhia fechou acordo para o pagamento de cerca de US$ 10 bilhões para encerrar os processos judiciais iniciados por consumidores dos veículos da companhia afetados pela manipulação de emissões nos Estados Unidos.

Fontes: Bloomberg, Thomson Reuters, Jornal Valor Econômico e relatórios de terceiros

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